No contexto pós-pandemia, as empresas buscam por resiliência para tornarem-se lucrativas e acompanhar as rápidas transformações da sociedade. Nesse cenário, os dados são centrais para monitorar e prever as tendências, no entanto, sem gerar insights, eles podem valer muito menos que o esperado.
Um insight não é apenas uma ideia ou percepção sobre determinado contexto, mas sim um resultado apurado do significado dos elementos que constituem a informação.
Portanto, apenas a análise de dados não gera bons insights, ela precisa ser depurada para oferecer conhecimento real, profundo e valioso sobre o tema. Entenda a seguir como alcançar esse nível de valor na sua operação.
6 práticas para ter mais insights com menos dados
Empresas de todos os tamanhos, segmentos e perfis estão investindo em dados, de forma que não se trata mais de um bem restrito às companhias da área de tecnologia ou inovação.
Quer vender sapatos? Você precisa investir em dados!
O mesmo vale para os demais setores, incluindo varejista, alimentício, cosmético, de vestuário, educação, saúde, serviços e etc.
Eles tornaram-se o centro de muitas operações, porém sem um uso adequado das informações coletadas esse montante pode não, necessariamente, se transformar em inteligência de negócio ou insights.
A seguir confira seis dicas valiosas de como transformar uma operação focada em dados em uma operação focada em transformação e insights.
1. Sobreponha qualidade à quantidade
Com a ampliação do uso de dados, grande parte das companhias investiram em quantidade, apostando que o big data seria a chave para uma operação inovadora.
No entanto, o que se observou foi que o volume resultou em ineficiência, pois acompanhar uma infinidade de dados gerados em tempo real por milhares, em alguns casos milhões de clientes, tornava-se inviável e altamente custoso.
O resultado foi surpreendente – para alguns – com menos é possível ser mais assertivo, pois eles se tornam uma fonte mais facilmente gerenciável para gerar insights.
Portanto, o primeiro passo é que os gestores revisem a estratégia baseada em volume e passem a investir em qualidade.
2. Identifique os dados centrais
Quando a possibilidade de monitorar todas as métricas dos negócios surgiu com a digitalização e automação dos processos começamos a falar mais sobre os KPIs (indicadores-chave de performance) e não foi à toa.
O volume de métricas para todas as atividades mostrou que nem sempre mais dados significam mais inteligência operacional e os KPIs permitiam separar o joio do trigo.
O mesmo deve ser incorporado à estratégia de dados da empresa. Afinal, quais são os dados mais reveladores sobre a sua operação?
Conhecer quais são esses dados permite apurar se eles são os mais precisos e confiáveis.
Isso significa que os gestores não precisam saber tudo, mas precisam saber o que é mais importante.
3. Tenha políticas de governança de dados para gerar insights
A ideia de ter menos dados e mais insights está aliada à governabilidade deles, pois reduzir a coleta significa direcionar os esforços para os elementos mais importantes da operação e do relacionamento com o cliente.
A política de governança da companhia deve refletir essa proposta, sendo direcionada ao valor que podem ser extraídos dos dados.
Sistemas complexos de análise, em muitos casos, implicam em meses debruçando-se em cada projeto para extrair algum conhecimento aplicável à realidade da empresa.
Uma governança de dados simplificada e direcionada ao valor gerado garante que os dados sejam mais facilmente gerenciáveis, reutilizáveis, sustentáveis e fáceis de acessar e decodificar.
Portanto, a transformação da empresa para uma política de dados mais eficiente consiste em reformulações no cotidiano do negócio, mas também em suas diretrizes organizacionais, baseadas na documentação que direciona as atividades dos colaboradores.
4. Valorize e retenha profissionais de dados e insights
A transformação na governança de dados implica, invariavelmente, em uma equipe de TI alinhada aos objetivos da companhia.
Os profissionais de TI são a base para uma transformação efetiva em como a companhia coleta, trata, armazena e analisa os dados disponíveis.
A retenção de colaboradores dessa área vai resultar em operações mais consistentes e uma real capacidade de desenvolvimento do setor, o que se reflete em toda a companhia uma vez que se adota uma política de crescimento.
A área de TI deve ser uma facilitadora para transformação digital da companhia e para uma cultura organizacional voltada aos insights e inteligência.
5. Invista em infraestrutura
Para que seja possível extrair insights e inteligência de menos dados é preciso ter uma infraestrutura acertada.
Uma das orientações para que menos dados viabilizem mais inteligência operacional é focar em sistemas integrados e centralizados, que se tornam viáveis devido ao direcionamento da coleta e menor volume processado.
6. Não tenha medo de ousar
Os gestores que estão em dúvida sobre como a redução na coleta vai viabilizar mais inteligência devem focar no fato de que a transformação e, principalmente, a inovação, não vira das práticas e soluções já amplamente difundidas.
Para ser pioneiro e direcionar o curso das mudanças no consumo é preciso não ter medo de ousar.
A rápida transformação tecnológica faz com que a estagnação e indecisão sejam as inimigas mais prejudiciais do que o investimento no novo.
Portanto, é possível gerar mais insights com menos dados, mas para que esse resultado seja alcançado é imprescindível que os departamentos estejam alinhados, integrados e voltados à inteligência.
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