A publicidade digital ganha cada vez mais importância nas estratégias de vendas e relacionamento das marcas. Nesse cenário, uma dúvida recorrente entre os gestores é se é mais vantajoso investir no Google Adwords ou Facebook Ads.

Ambos os canais apresentam vantagens e desvantagens, sendo importante colocar na ponta do lápis quais benefícios cada canal proporciona e qual impacta mais o negócio, considerando os objetivos da empresa, recursos disponíveis, público-alvo e outras variáveis. Pensando nesses desafios, abordaremos neste post os seguintes tópicos:

  • como funciona o Google Adwords;
  • como funciona o Facebook Ads;
  • devo investir no Google Adwords ou Facebook Ads.

A partir dessas informações será possível definir qual estratégia digital é mais benéfica para a empresa considerando os resultados que cada uma pode entregar. Confira!

Como funciona o Google Adwords?

O Google Adwords é uma solução de busca paga, tendo iniciado as atividades no ano de 2000 com apenas 350 anunciantes. Atualmente, são milhares de marcas que desenvolvem ações por esse canal.

Um dos principais benefícios da solução é o alcance dela. O Google registra 40 mil pesquisas por segundo, o que resulta em 3,5 bilhões de pesquisa em um dia, o que faz com que a rede tenha potencial para alcançar 90% dos usuários de internet do mundo.

Destaca-se que o Google está constantemente investimento em otimizações visando uma melhor experiência dos usuários do buscador, o que se reflete no crescente uso da rede para pesquisas. Entre os recursos usados estão a inteligência artificial e o aprendizado de máquina.

O ads possui diversas opções de mídias pagas que podem ser usadas pelos anunciantes de acordo com as características do negócio. As principais são:

  • rede de pesquisa: são os anúncios de texto exibidos no próprio buscador do Google e tem como base a palavra-chave utilizada pelo usuário na pesquisa. Eles podem ser exibidos na parte superior e lateral da SERP;
  • rede de Display: são os anúncios exibidos nos sites parceiros do Google e tem como base a relação entre a palavra-chave usada e o conteúdo do site. Os anúncios podem ser de texto, banners, vídeos e outros, sendo que essa opção abrange aproximadamente 98% da World Wide Web;
  • Google Shopping: opção mais recente da marca engloba os anúncios exibidos na aba “Shopping” e tem como foco o comércio eletrônico. Permite que sejam divulgadas informações como preço, descrição, vendedor e foto do produto;
  • vídeo: os anúncios em vídeo podem ser exibidos na rede de display e também no YouTube, sendo que as publicidades desse canal também são gerenciadas no ads;
  • retargeting: estratégia de remarketing do Google que utiliza uma sofisticada tecnologia para que o cliente que visitou um site seja impactado pela publicidade da marca e possa retornar para finalizar uma compra.

Mas, como funciona o Google Ads? Nesse canal é necessário criar um anúncio e dar um lance na palavra-chave escolhida. Quando o usuário realiza uma busca usando o mesmo termo, os resultados pagos relacionados são exibidos no topo da página e os resultados orgânicos abaixo.

A cobrança é realizada com base nos cliques efetivos, ou seja, Custo por Clique (CPC) o que faz com que o anunciante só pague quando realmente tiver uma recepção positiva do usuário.

A ordem de exibição dos anúncios da rede de pesquisa tem como aspecto mais determinante a qualidade e relevância dos anúncios e depois o budget da campanha. Isso porque o objetivo do Google é proporcionar experiências mais satisfatórias aos consumidores.

Um indicativo se o anúncio é relevante é a taxa de clique, pois quanto mais os usuários acessam, mais demonstra que a campanha tem impactado os usuários certos e tem qualidade.

Quem é o público do Google?

O Google abrange quase todos os usuários de internet do mundo, estando significativamente a frente de concorrentes como o Bing e o Yahoo!. Ainda assim, as mídias pagas impactam um público com certas características.

Quase qualquer produto pode ser anunciado no Google e, se estiver bem configurado, gerar bons resultados. O sucesso da campanha vai depender de uma escolha acertada da palavra-chave e também de um anúncio bem estruturado, claro e chamativo.

Normalmente, quando usa o Google, o usuário já tem um interesse no produto ou tema que está pesquisando, o que faz com que as campanhas impactem consumidores que estejam na fase de “interesse” da jornada de compra e, portanto, mais predispostos a finalizarem o pedido.

Isso faz com que o Google Adwords tenha uma conversão mais alta quando comparado com o Facebook. A limitação é que esse tipo de anúncio não vai impactar pessoas que não sabem que possuem um problema ou oportunidade, não permitindo criar uma nova demanda nos consumidores.

O Google também é uma opção mais indicada para quem pretende anunciar uma necessidade urgente e próxima. Um exemplo comum de pesquisa no buscador é por “restaurantes próximos”, o que faz com que esse canal influencie mais diretamente o volume de vendas dos anunciantes.

Entre as segmentações que podem ser usadas nesse canal para aumentar a eficiência está a por localização, horário de exibição dos anúncios e palavras negativadas.

Como funciona o Facebook Ads?

Agora que você já sabe como funciona a pesquisa paga é importante saber como operam os anúncios em redes sociais para definir se o Google Adwords ou Facebook ads é mais vantajoso para o seu negócio.

No quesito alcance, o Facebook destaca-se com possui 2 bilhões de usuários ativos por mês, o que faz com que seja possível encontrar público para diferentes nichos nessa rede social, uma vez que ele atinge, aproximadamente, 44% dos usuários de internet do mundo.

Um dos principais diferenciais desse canal é a alta segmentação dos usuários, de forma que o anunciante pode direcionar os anúncios de acordo com diferentes características almejadas no público-alvo, como:

  • localização;
  • sexo;
  • idade;
  • status de relacionamento;
  • interesses;
  • faixa de renda;
  • profissão;
  • tipo de dispositivo de acesso etc.

Além dessas informações mais diretas, o Facebook coleta diversos dados indiretos dos usuários como interações em publicações, curtidas, comentários, fotos, amigos mais comuns, férias, viagens, entre outros. Essa base permite que a rede social tenha um grande conhecimento sobre cada usuário ativo.

Com essas informações, o Facebook ads disponibilizou ainda a opção de “lookalike audiences”, ou seja, “audiências similares”. Com esse recurso, o anunciante insere as informações sobre o perfil dos clientes e a própria ferramenta realiza a segmentação identificando públicos semelhantes e que, portanto, podem ter interesse no produto ou serviço.

Com esses detalhes e combinações de filtros e segmentações, o Facebook é um canal positivo para empresas que conhecem bem o próprio público e desejam usar esse diferencial para crescer e consolidar a atuação da marca.


Outra característica dessa rede social é que ela possui um apelo mais visual, de forma que o texto e imagem dos anúncios devem ser bem pensados com o objetivo de aumentar as chances de sucesso das ações. Devido esse aspecto, os anúncios devem ser trocados ou reformulados com alguma regularidade, pois eles ficam ultrapassados e deixam de apresentar resultados.

No Facebook ads o pagamento pode ser por cliques (CPC) ou visualizações (CPM – custo por mil). Dessa forma, o anunciante pode identificar a opção mais vantajosa considerando os objetivos da campanha e orçamento disponível. Destaca-se que os custos para anunciar nesse canal são consideravelmente baixos, de forma que um dólar de investimento permite impactar até 4 mil pessoas que não tinham contato com a marca.

Além dos anúncios tradicionais, o Facebook ainda disponibiliza outras opções para os anunciantes, como:

  • post promovido: uma publicação impacta organicamente, em média, 16% dos usuários que curtem a página, sendo que a opção de patrocinar o post faz com que esse alcance seja muito mais significativo;
  • história patrocinada: nesse tipo de anúncio os amigos de pessoas que curtem a página são impactados quando o amigo faz alguma interação. O objetivo é que a reputação contribua para a expansão do alcance da marca.

Mesmo com essas características escolher entre o Google Adwords ou Facebook Ads continua complicado? Saiba então quem a marca pode impactar na rede social.

Quem é o público do Facebook?

O Facebook concentra pessoas de todos os tipos, gênero, preferências, culturas, idades, rendas etc. Ao mesmo tempo, nessa rede social, é justamente o perfil que determina para quem o anúncio será exibido, exigindo atenção ao público para que os resultados almejados possam ser alcançados.

No geral, é possível afirmar que os anúncios no Facebook podem impactar usuários que nunca apresentaram interesse pela marca ou produto anteriormente. Ainda assim, essa mesma característica faz com que seja possível atingir pessoas que normalmente estão na fase de “descoberta” da jornada de compra.

Apesar dos usuários estarem mais distantes da etapa de decisão de compra e fechamento, é interessante que a marca possa impactar novos consumidores e auxiliar no processo de descoberta de uma oportunidade ou problema. Nesses casos, entretanto, os anúncios devem ser mais atrativos e direcionar para ações como curtir a fanpage, visando iniciar um relacionamento.

Devo investir no Google Adwords ou Facebook Ads?

Após conhecer como funciona cada canal de publicidade digital e quais os públicos que podem ser impactados pelas campanhas a dúvida continua: devo investir no Google Adwords ou Facebook Ads? A resposta não é simples, pois depende!

Apesar de conhecer como cada canal funciona, a definição do mais vantajoso para a empresa depende dos objetivos da marca com as campanhas online, pois não é possível dizer que uma solução é melhor que a outra.

Se o objetivo da empresa for aumentar diretamente os resultados das vendas, o Google Adwords apresenta uma taxa de conversão mais elevada. De acordo com o site, um investimento de US$ 1 dólar proporciona um retorno de US$ 2 dólares, assim, é possível obter um ROI de 100%, o que os anunciantes sabem que não é fácil.

Essa opção também é vantajosa pelo fato de o usuário que pesquisa o produto ou serviço já estar interessado na compra e, portanto, mais próximo da decisão de efetuá-la, aumentando as chances de efetuar a venda.

O Facebook, no entanto, também apresenta vantagens. A principal delas é a oportunidade de construção e consolidação da marca, pois é possível criar relacionamento com o público, incentivando o acesso na fanpage e a interação com a marca, o que permite que ele continue sendo impactado pelos conteúdos e conheça mais a empresa.

Dessa forma, o Facebook é uma opção diferenciada para empresas que querem construir relacionamento de longo prazo com o público e, portanto, deve-se ter em mente que os usuários não vão comprar imediatamente, fazendo com que o ROI não seja direto ou em curto prazo.

Isso não quer dizer que não é possível vender pelo Facebook Ads, pelo contrário, principalmente com estratégias como o remarketing que permitem impactar usuários que já acessaram o site e demonstraram interesse em produtos. No entanto, é importante que o anunciante saiba que esse não deve ser o único foco da estratégia nesse canal.

E se eu não quiser escolher o Google Adwords ou Facebook Ads?

Está pensando sobre o assunto e não sabe como escolher o Google Adwords ou Facebook Ads? Talvez a resposta seja porque esses dois canais são interessantes para os objetivos do seu negócio e deveriam ter um espaço na estratégia de marketing digital.

O Google Adwords e o Facebook Ads não são concorrentes, pelo contrário, eles possuem objetivos distintos, o que viabiliza que seja realizado o investimento nas duas opções. Enquanto o primeiro permite atender uma demanda já existente, o outro contribui para atrair novos consumidores e criar uma nova demanda.

Com as duas ações é possível aumentar a visibilidade do negócio e garantir resultados maiores de vendas no curto prazo com o Google ao mesmo tempo em que constrói relacionamento e novas oportunidades com o Facebook no médio e longo prazo, ganhando seguidores que permanecem acompanhando a marca.

Caso o orçamento de marketing digital não permita o investimento nas duas estratégias, uma opção é testar por um período cada uma delas e avaliar qual é mais vantajosa. Também é possível definir quais são as prioridades do negócio e com isso investir na alternativa que melhor atende essa necessidade.

Concluímos assim que escolher o Google Adwords ou Facebook ads nem sempre é necessário. Ao conhecer o funcionamento básico dos canais e quais as vantagens e desvantagens de cada um deles verifica-se que é possível combiná-los na estratégia de marketing digital para alcançar melhores resultados online.