Nas últimas semanas já falamos muito sobre as oportunidades que surgiram para o e-commerce durante a pandemia da COVID-19 e também como trabalhar o posicionamento de marca no período. Hoje, para fechar essa sequência de textos, vamos entender um pouco melhor quais estão sendo as principais mudanças no comércio online.
Não é necessário nenhum estudo para perceber que os hábitos das pessoas mudaram desde março, quando foi decretado o isolamento social no Brasil. Essas mudanças afetaram diretamente o consumo dos brasileiros. Pensando nisso, nas próximas linhas vamos falar um pouco sobre as mudanças sofridas pelo e-commerce e quais delas vieram para ficar.
Aumento dos compradores e lojas online
De acordo com um estudo da Infobase Interativa realizada em maio, 2020 foi o ano da primeiro compra online de 13% dos brasileiros. E isso não ocorreu somente no Brasil, segundo a ABCOMM – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, a base de usuários do e-commerce cresceu 70% no mundo, o que em condições normais, levaria cerca de 10 anos para ser atingido.
Graças ao aumento do número de consumidores online, a quantidade de lojas também cresceu. Na plataforma Nuvemshop, por exemplo, houve um crescimento de 190% na criação de lojas no segundo trimestre de 2020, em comparação com o mesmo período de 2019.
Com isso o faturamento do e-commerce também aumentou. Segundo dados do Compre&Confie, o e-commerce brasileiro faturou R$9,4 bilhões apenas em abril o que representa um aumento de 81% em relação ao mesmo período de 2019. Contudo, esse aumento é reflexo apenas da maior quantidade de compras, pois o tíquete médio dos consumidores diminuiu. Isso significa que o valor médio gasto por compra caiu em 19% em comparação com 2019. Mas, também nota-se que a frequência nas compras aumentou.
Expansão do e-commerce pelo Brasil
A média nacional no aumento das vendas pela internet cresceu em média 137% no Brasil. Porém, essa estatística varia de estado para estado. Aqueles que tiveram o crescimento acima da média estão, em sua maioria, localizados nas regiões Norte e Nordeste. O Acre, por exemplo, teve uma expansão de 951% no comércio online.
A criação de novas lojas online também foi reflexo da expansão do comércio digital para diferentes regiões do país. Dos 27 estados, 18 tiveram crescimento superior à média nacional de 108%, sendo que 12 deles estão nas regiões Norte e Nordeste. Em consequência disso, o país como um todo deve ter sua digitalização acelerada.
Novas categorias de compra
Tradicionalmente, os setores que mais vendem online são moda e eletrônicos, porém são outras categorias que mais estão crescendo neste período. De acordo com a base de dados também da Nuvemshop, o aumento no número de novas lojas de Alimentação & Bebidas foi de 200%, do primeiro para o segundo trimestre de 2020.
Outra categoria com grande expansão é a de produtos ligados à convivência familiar. As lojas de artigos Pet, por exemplo, tiveram o segundo maior índice de crescimento, sendo que em abril de 2020 as vendas dobraram as de abril de 2019.
Graças à necessidade do trabalho home office, categorias como Casa e Decoração e Materiais de Escritório também passaram por um crescimento.
Portanto, com o fechamento do comércio físico, as necessidades de consumo precisaram ser supridas pelas lojas online. Segundo estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), 70% dos consumidores pretendem continuar comprando em canais digitais pós-pandemia. Esse dado indica que cada vez mais o e-commerce está ganhando força frente ao comércio tradicional e os hábitos de consumo estão mudando.
Referências:
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