Cultura Data Driven: Por que não tomar decisões sem dados?

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Em uma economia tão volátil, cada vez mais competitiva e inovadora, é um desafio para muitas empresas compreender e saber quais decisões tomar para ver o negócio crescer.  

A necessidade por atualizações tecnológicas, o advento da internet e com ela, o e-commerce, as marcas não podem mais se apegar a velhos modelos de negócios e não usar a rede digital ao seu favor: 

Ao mesmo tempo que o mercado digital é um desafio, também apresenta uma nova gama de oportunidades para melhorias a partir deles: os dados.

A cultura datadriven não é uma ciência quântica limitada às grandes multinacionais com bases de dados robustas e analistas experientes. Com os usuários se movimentando cada vez mais na internet e as ferramentas de análise de dados cada vez mais precisas, o seu negócio pode também implementar análises para tirar informações valiosíssimas. 

A seguir, preparamos um guia simplificado sobre o que é a cultura data driven, como começar a coletar e analisar dados para a sua empresa e dicas importantes para poder usar a internet ao seu favor. Confira! 

Índice 

  • O que é Cultura Data Driven?;
  • Qual a importância de ser Data Driven?;
  • Saiba como implementar uma Cultura Data Driven;
  • Conheça os desafios e soluções na adoção de uma Cultura Data Driven; e
  • Conclusão

O que é Cultura Data Driven?

Cultura Datadriven nada mais é do que tomar as suas decisões de forma estratégica a partir das informações que tem à disposição. 

Ser uma empresa data driven é tomar decisões sobre o negócio a partir de informações consistentes e metrificados. Sejam de clientes, do mercado ou da economia– a internet trouxe novas chances de entender o comportamento dos clientes.

Não basta ter só o acesso aos dados, é preciso saber processá-los e fazer análises assertivas para atender dores e mapear oportunidades para o seu negócio. 

A chegada da internet fez com que o armazenamento de dados ficasse mais fácil e é a partir deles que as empresas podem montar estratégias para o seu negócio e suas ações.

É imperativo dizer que com as pessoas cada vez mais ativas na internet isso implica que as suas movimentações geram dados. Seja no buscador, nas redes sociais, plataformas de streaming e especialmente nas compras– essas informações são valiosas.

A partir desse comportamento na internet, é possível tomar decisões mais acertadas que atendam as necessidades e desejos das pessoas e, assim, transformar um lead em um cliente.

Essa cultura soa complicada e algo abstrata, mas está mais presente do que imagina. Por exemplo, o Youtube criando uma aba de “sugestão de vídeos” a partir das suas buscas recentes.

O mesmo acontece com outras empresas nativas digitais, como o Spotify e a suas playlists personalizadas criadas a partir do algoritmo das suas preferências musicais; e a Netflix, que tem uma aba similar à do Youtube, mas com séries e filmes recomendados a partir do tipo de conteúdo que tem assistido recentemente.

A lógica também vale para o varejo e demais segmentos, pois anúncios e recomendações no buscador seguem pesquisas relacionadas ao que tem procurado recentemente. Por exemplo, se procurou por um livro do Gabriel García Márquez no Google, é bem provável que livrarias direcionem banners sobre outras obras do autor ou literatura latino-americana que possa lhe interessar.

A obtenção desses dados é segmentada em três formatos: o first party data, second party data e third party data. Veja a seguir a definição de cada uma:

  • First party data: tratam-se de dados coletados diretamente pela empresa. Clientes cedem esses dados de forma direta, através de assinatura em newsletters, cupons e outros oferecimentos que a marca ofereça. Essas informações são muito valiosas, pois tendem a ser de leads mais qualificados e que mostraram interesse espontâneo na sua proposta, o que leva a conclusões mais assertivas e acertadas sobre o comportamento do seu nicho;
  • Second party data: são dados coletados por marcas parceiras que tem um público parecido. São dados tão confiáveis quanto os dados de primeira mão, mas tendem a ser menos específicos do que aqueles cedidos de maneira intencional e direta;
  • Third party data: tratam-se de informações gerais, podendo ser do mercado, dados públicos e pesquisas de mercado de diversas organizações. Por serem mais genéricos, tende a não ser muito produtivo usá-los sozinhos, mas podem ser complementados a first party data ou second party data.

Qual a importância de ser Data Driven?

É a partir desses dados que é possível ter uma compreensão mais aprofundada do comportamento e expectativas dos seus clientes. Ser uma empresa datadriven não se limita a isso, mas também permite implementar melhorias nas operações da empresa, otimizar processos e ter melhores resultados como um todo.

Vantagens competitivas

Armazenar e ter o hábito de parar para olhar os dados fornecidos pelos clientes permite que informações valiosas e conclusões sejam cada vez mais precisas. Assim, sua empresa pode oferecer produtos, experiências e serviços mais relevantes e personalizados, se tornando, conseguindo com isso vantagens competitivas sobre a preferência do seu nicho de atuação.

Além disso, gerir seu funcionamento a partir de dados também possibilita que suas operações sejam otimizadas. Essa cultura tem como premissa ter uma compreensão sistêmica dos seus processos e com isso poderá reduzir desperdícios e reduzir custos.

Além disso, a otimização de processos é também melhorar a qualidade e condições de trabalho, eliminando operacionais desgastantes que podem ser automatizados e, assim, dar à sua equipe mais tempo para atender a outras demandas.

Melhoria na tomada de decisões

Os dados serão usados como base para a tomada de decisões estratégicas. Como os dados são informações mensuráveis e que devem ser acompanhadas com certa regularidade, trazem um panorama concreto sobre a efetividade das ações.

A cultura datadriven é muito utilizada no marketing digital, uma vez que as informações são de fácil acesso e plataformas oferecem ferramentas de análise para acompanhamento em tempo real do desempenho do site e das campanhas da marca. 

A partir de uma análise sobre palavras-chave, por exemplo, pode mapear quais termos estão entre os mais buscados no Google e afunilar essa busca para o seu negócio. A partir disso consegue incorporar essas palavras nos seus conteúdos e melhorar o ranqueamento do seu site.

Saiba como implementar uma Cultura Data Driven

Benefícios listados, agora iremos listar um passo-a-passo de como implementar essa cultura na sua empresa. A dica mais valiosa é ter consistência. Tenha paciência e se aprofunde no processo.

Mudar os rumos da empresa não acontece de um dia para o outro. É preciso passar o conhecimento por todas as camadas da organização para que os colaboradores vejam propósito e valor nessa nova metodologia para que sua implementação seja concisa, efetiva e estratégica.

Estabeleça a estratégia de dados

A implementação e mudança organizacional deve vir de cima para baixo. Os cargos de gestão de todas as áreas devem estar alinhados no mesmo propósito para que a cultura organizacional mude de maneira efetiva. 

A análise de dados deve estar contemplada dentro do plano estratégico da empresa. Os planos de ação podem ser desenvolvidos a partir de dados pré-existentes, mas caso não haja, é preciso estabelecer indicadores que irão acompanhar o desempenho das mesmas.

Por exemplo, se quer acompanhar o retorno de campanhas de publicidade, o ROAS (Return on Advertising Spend) calcula o lucro da empresa a partir das campanhas publicitárias. Com ele a partir dele pode metrificar quanto a sua empresa está tendo de retorno em cada campanha,ver sua evolução e tomar decisões sobre quais devem ser impulsionadas e quais não.

Outras métricas para acompanhar incluem o ROI (Return On Investment), que diz respeito ao retorno que seu caixa terá sobre o dinheiro que foi investido; o CPC– ou Custo por Clique–  que calcula quanto é gasto em cada campanha por cada acesso que gera; o CPL– ou Custo Por Lead – estima o gasto para atrair pessoas ao seu marketplace; e o CAC – ou Custo para aquisição de clientes– que determina o gasto que leva tornar leads em clientes.

Além disso, ainda tem os métricas para SEO, que incluem o acompanhamento de tráfego orgânico e ranqueamento de palavras-chave. O mesmo vale para as redes sociais, onde pode acompanhar o número de seguidores, curtidas e engajamento geral que a sua página tem com o seu público-alvo.

Use tecnologia e ferramentas necessárias

Como dito antes, a internet tornou o mercado mais competitivo e sedento por novas atualizações, mudanças e novas tecnologias. Mas também facilitou a coleta, acompanhamento do desenvolvimento e análise de dados.

A digitalização também permitiu que as ações sejam testadas com diferentes variáveis antes de irem “para o ar”. Estamos falando dos chamados testes A/B, que significa que ações podem ser colocadas para rodar com algumas variáveis diferentes entre si, isso permite observar quais têm melhores resultados e colocar campanhas mais efetivas no ar, evitando o desperdício de recursos.

Dentre as ferramentas mais utilizadas estão o Google Analytics, voltada para o desempenho do site. Atualmente a empresa lançou o Google Analytics 4 – a última versão da ferramenta de análise voltada às projeções cada vez mais precisas sobre comportamento dos consumidores na internet.

Já para as redes sociais, o MLabs é um dos mais usados. Trata-se de uma ferramenta de gerenciamento para as redes sociais da Meta– empresa detentora do Facebook, Instagram e Whatsapp. 

Além dela, existe a Meta Ads, que está voltada para campanhas de conteúdo pago para serem veiculadas nas redes citadas acima. Com ela é possível acompanhar em tempo real o desempenho, reunir informações para ter insights valiosos sobre o comportamento do seu público-alvo nas redes.

Faça um treinamento e engaje a equipe

Uma mudança organizacional profunda e efetiva não acontece de um dia para o outro, ela leva tempo e precisa despender de esforços e de recursos para que seja completa. Por isso, promover treinamentos para a equipe é essencial para que para uma boa implementação e que seus colaboradores vejam valor nessa mudança.

Traga profissionais experientes para dentro da empresa. Agências especializadas que possam capacitar a sua equipe nessa nova modalidade e que ajude no processo de implementação. É importante que esse acompanhamento seja priorizado para que a sua equipe se familiarize e coloque em prática essa nova cultura.

Outro fator que faz toda a diferença na hora de implementar uma cultura data driven é ter um diálogo com os colaboradores sobre essa mudança. Isso pode trazer insights e lições positivas sobre pontos de melhorias, além de melhorar o engajamento da empresa, já que é a partir desse diálogo que os funcionários se sentem ouvidos e contemplados nas decisões estratégicas da empresa.

Conheça os desafios e soluções na adoção de uma Cultura Data Driven

Superando barreiras culturais

Com um mercado tão inovador e com clientes cada vez mais imersos na internet, marcas não podem mais se dar o luxo de manter práticas datadas, o famoso “caderninho” ou outdoors na beira da estrada.

A empresa pode estar perdendo oportunidades muito importantes para expandir e atingir novos patamares por isso. A mudança não só deve vir de cima, implicando que a gestão lidere por exemplo, mas também deve ser horizontal, aberta ao diálogo e que sane dúvidas dos colaboradores a fim de acabar com ruídos que possam surgir.

Engajar os colaboradores pode ser um desafio, mas mostrando que os dados estão ali para facilitar seus dia-a-dia e que a empresa está caminhando junto às principais tendências de mercado fará com que a equipe enxergue valor nas mudanças. 

Garantindo a segurança e a conformidade dos dados

O uso de dados dos usuários na internet têm sido um dos principais pontos de debate a respeito da segurança da internet. No Brasil, a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais), sancionada em 2018, foi um marco na regulação do mundo digital que assegurou que os dados sejam tratados de maneira ética. 

Um dos principais pontos a serem abordados na implementação de uma cultura datadriven é justamente esse. Por se tratar de um ponto sensível e relativamente novo, é preciso revisar as práticas e verificar que elas estejam alinhadas com a legislação. Contratar uma consultoria especializada pode facilitar a elucidar o processo. Para ver as diretrizes completas da LGPD clique aquí.

Conclusão

Mudar a cultura organizacional de uma empresa é algo que requer tempo, esforço e principalmente consistência. Tomar decisões a partir de informações precisas é um ponto de virada para a marca que vai permitir destinar verba de forma mais precisa, eliminar operacionais datados e, principalmente, ter uma compreensão melhor sobre o mercado e sobre o negócio.

Dar o pontapé inicial é a parte mais desafiadora para muitas empresas, por isso, é preciso ter uma preparação de caixa e de fluxo das operações para que haja tempo para essa mudança. 

Trazer pessoas experientes para auxiliar nesse passo-a-passo também é muito importante nesse momento, já que dúvidas e inseguranças tendem a surgir e ter figuras experientes que auxiliem a marca a avançar para essa nova fase.

Uma dessas empresas é a Kyraly, uma agência brasileira de soluções digitais inovadoras. Com uma equipe experiente e atualizada com as principais tendências para o mercado, a Kyraly pode ajudar a sua marca a dar esse passo tão importante. Clique aqui e conheça as os nossos serviços 

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